quinta-feira, 24 de outubro de 2013

21) A SEMENTE DA VITÓRIA

NUNO COBRA – A semente da vitória
Conhecido no Brasil e no mundo, Nuno Cobra é um profissional em educação física admirado por todos os que sabem do seu trabalho com atletas profissionais , empresários, deficientes físicos, presidiários, alunos de escolas públicas, autoridades, etc. A base de seu trabalho é a reconstrução do corpo:
Tratando do aprimoramento físico,   trata também do aprimoramento mental.” “Quando a pessoa se desenvolve como um todo a partir do corpo, ganhando nova estrutura, gera auto-estima e consciência de sua capacidade de conquista e amplia suas possibilidades de realização.  A partir daí cria também uma modelagem mental de sucesso. Assim vence o bombardeio de todas as negatividades e resgata o seu poder espiritual.
Nuno Cobra foi dos primeiros a tratar de conceitos que a psicologia moderna coloca no centro dos seus estudos, como a inteligência emocional, tema do qual fala há muitos anos, conforme milhares de pessoas que já o ouviram podem atestar. 
Ficou famoso por ter sido orientador do ex piloto de Fórmula 1 Ayrton Senna. Nessa época, só tinham acesso aos temas por ele abordado os seus alunos ou os que assistiam suas palestras. A semente da vitória apresenta uma fácil leitura e fornece a exposição de motivos sobre a criação do seu método que, em regra, explora a potencialidade das próprias pessoas, fazendo-as perceber-se mais fortes e capazes, possibilitando transformações que imaginavam impossíveis.
Essa metodologia se resume numa frase do autor:
O que antes parecia impossível torna-se possível quando alguém se sente apto a transpor todos os obstáculos, conhecendo a sua verdadeira grandeza interior.
Outras frases interessantes do autor:
‴...coragem só é mesmo coragem quando sentimos um imenso medo.
‴...nada resiste ao trabalho, dedicação, esforço e suor
O cérebro é burro. Quem programa o cérebro são os órgãos do sentido.
 Nesse sentido ele afirma que bem estar provoca mais bem estar e vice versa. Que nós criamos a realidade. Que a emoção é a rainha da vida. Que somos o que pensamos. Que você só chega até onde acha que pode chegar. Que todos têm todas as possibilidades. Que não existe indivíduo forte de um lado só. Que uma pessoa com maior poder de acreditar em si mesma, possui automaticamente mais controle sobre os acontecimentos. Que a vida conspira a nosso favor e é nós que conspiramos contra a vida.
Ao tratar da emoção diz:
A maioria de nós passou a infância e a adolescência numa dura batalha de sobrevivência mental contra as regras de uma sociedade que cerceia nossa capacidade de desenvolver e lidar com as emoções. Somos todos n os, analfabetos emocionais.
Que nesse contexto, o tripé da anulação emocional é constituído pelos pais, escola e religião:
A criança veio ao mundo para representar a magnificência do ser humano e para viver com plenitude. É exatamente o que faz nos primeiros meses e anos de sua vida. Mas essa pessoa será paulatinamente destruída no cerne da sua existência.
Que desde o inicio de nossas vidas, ainda na primeira infância, por necessidade de fazer de nós criaturas civilizadas, nossos pais, cuidadosamente, vão nos enchendo de negatividades. Nesse contexto o autor afirma que são as críticas, os nãos, as repreensões ou repressões, em que sempre se salientam nossos erros. Os acertos e façanhas , esforços e vitórias  parecem não receber a mesma atenção.
Por uma questão cultural, os acertos são vistos como obrigação deixando sempre o “saco”das positividades vazio.
Com o tempo, nossos erros passam a ser o ponto de referencia e isso é desastroso numa personalidade em formação. Querendo nos fazer fortes, nossos pais, professores e lideres religiosos nos enfraquece, mesmo que imbuídos de boa intenção.
Como resultado de tudo isso, no mundo a ordem é falar mal. Todos derrotam todos. Todos anulam todos. Há que se inverter esse processo de derrota e injetar na sociedade um elemento de progresso e de conquista. Ninguém dá o que não tem.
Pensar é uma coisa, viver é outra. Todos sabem o que é bom pra nós, poucos  vivem para essa causa.
O infarto não é fatalidade, mas sim conseqüência de estilo de vida. Sono adequado, alimentação balanceada, atividade física sistemática, relaxamento e meditação; afasta você do infarto.
 Precisamos ficar atentos às reações do nosso corpo. O corpo fala e sempre diz se está sofrendo.
Tudo que você pode comprar não tem valor. Aquilo que você não pode comprar é porque você um dia já ganhou no pacote da vida. O doente é aquela pessoa que rompeu com os fundamentos básicos da vida. Você pode ter 60 anos e estar com 30.
Equilibrando-se precariamente sobre uma prancha é que o surfista consegue atingir a crista da onda.
Nossos ancestrais não tinham luz elétrica... O homem antigo  dormia e acordava com o dia. Herdamos geneticamente a necessidade do escuro. 
Nesse sentido o autor afirma: Todos nós temos necessidade de escuro total.
No capítulo que o autor fala da importância do sono, ele oferece um exemplo bastante interessante ao comparar o organismo a uma conta bancária. Os juros sempre são muito caros. Nesse sentido o autor afirma:
O organismo é como uma conta bancária numa instituição financeira na qual você pode entrar em débito algumas vezes mas não pode estar no negativo o tempo todo, porque o organismo cobra caro.
A pessoa que se diz insubstituível será substituída muito antes do que possa imaginar.
No capítulo que se propõe a romper velhos hábitos, as frases selecionadas são:
Nunca se comeu tanta coisa diferente e com tanta indiferença.
E ainda: Você não come o que você gasta, mas gosta do que você come.
O correto é fazer um número maior de refeições com uma quantidade menor de alimentos.
Nesse sentido:
...é necessário se alimentar muito para que possa se alimentar pouco ... Alimentar-se muito significa ingerir alimentos várias vezes ao dia. Alimentar-se pouco significa ingerir pequenas quantidades em cada refeição.
Temos hoje uma quantidade de alimentos que se ingere a mais contra a quantidade de movimento que se tem a menos.
O autor sugere o consumo de pouca carne e faz a seguinte reflexão: 
Quando me refiro às carnes, quero dizer pouca carne. Não nos cabe dizer se comer carne é bom ou ruim, mas aceitamos que possuímos um intestino de 8 metros próprio para folhas, raízes, grãos, diferente do intestino de 80 centímetros dos carnívoros.
Por outro lado, tem uma reflexão que ouso registrar nesse contexto. Na natureza os animais carnívoros (leão, tigre, lobo,) são mais astutos que os herbívoros (bovinos, caprinos, eqüinos). A águia é muito mais perspicaz e evoluída que uma galinha. Os macacos carnívoros sempre dominaram os macacos vegetarianos. A carne vermelha começou a ser problema devido nosso sedentarismo. Mas voltemos nas reflexões do autor:
Não adianta massacrar nosso corpo numa academia, numa pracinha, num parque, correndo como louco, ou ter pressa de voltar ao peso ideal indo a um SPA e consumindo 300 calorias por dia. Ou ainda utilizando medicamentos para não ter fome de uma vez. Cuidado com os exageros que complicam tudo e trazem ainda mais prejuízo ao já combalido organismo.
Nesse sentido:
...o organismo se chama organismo justamente porque se organiza....“Quando se controla demais a vontade, ela volta de forma incontrolável...O importante é encontrar o equilíbrio e não se basear nessa fórmula de peso e altura.
Ao tratar do capítulo que aborda o movimento o autor afirma:
Os ‘halteres’ do coração são as pernas.
Em seguida no capítulo Acorde o seu deus dormente destaquei os seguintes trechos:
Quando digo que temos essa divindade interna, quero deixar claro que cada ser humano é um deus.., apenas não está deus ainda porque não se apropriou desse poder.
Sob a ditadura do raciocínio, fica mesmo difícil, senão impossível, estabelecer uma conexão com a divindade interna, o que faz com que as pessoas vivam desconectadas de si próprias, incapazes de se ligarem em sua intuição.
Conheça a si mesmo e conseguirá dominar suas emoções.
Enquanto, para muitos, os fatos não passam de dados da realidade que devem ser enfrentados com coragem e decisão, para outros assumem proporções catastróficas, viram coisas desesperadoras, capazes até de provocar doenças.
A ansiedade é estar com a cabeça onde o corpo não está. É estar preocupado com um problema antes de ele acontecer. É como o próprio nome diz: estar pré ocupado, querendo antecipar a ocupação. O grande problema é que o trabalho que espera ou determinada ocupação com a qual você tem de se envolver no dia seguinte não está ali naquele momento, então só atrapalha você estar pensando nisso. O mínimo que você pode fazer para a sua cabeça, para a sua saúde, é envolver-se  com o problema quando chegar o momento de resolvê-lo.
A meditação é uma excelente forma de diminuir bastante esse estado de querer resolver os problemas antes da hora.
Exija sempre que sua cabeça esteja exatamente onde está seu corpo. Na hora em que tem de se envolver com qualquer tarefa que seja, ponha sua cabeça inteiramente nela. Essa é a hora de se ocupar total e absolutamente,  mas, quando terminar e mudar de cena, leve sua cabeça junto. ... Não se preocupe, se ocupe.
 No último capítulo do livro que trata da ecologia interior:
O homem não existe fora da natureza... O homem moderno, no entanto, parece ter se esquecido disso e sofre os efeitos da perda de identidade, tendo dificuldade de interação com ele mesmo e já mostrando os efeitos de se tornar cada vez mais um ‘filho desnaturado’ da grande mãe natureza.
Nós não podemos ficar presos entre paredes. O homem não vivia assim. Ele nem sequer usava roupas.
É impossível limpar o mundo sem limpar nossa cabeça, porque o mundo é um eco do que se passa conosco... você é o que você pensa.
Você tem que fabricar o seu destino e não chorar o seu destino.
Praticamente 90% da humanidade está descontente com a vida que leva, mas ninguém deseja realmente mexer no seu status quo. Todo mundo quer ficar do jeito que está, mesmo que esteja horrível.


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