Trata-se de uma obra
literária descrita por Franz Kafka, cuja abordagem central é o poder invisível
do Estado sobre uma pessoa quando posta
em um pólo passivo processual. Antes de pontuarmos nossas considerações, urge
traçar o perfil do autor, até porque reflete sobre a melancólica e dramática
obra.
Judeu, Franz Kafka nasceu
em 1883 e faleceu um mês antes de completar 41 anos em 1924. Vivenciou as mais
diversas teorias anti-semitas, alertando o mundo como se percebendo a
catástrofe nazista que viria ocorrer após a sua morte. Fazia questão de frisar
que tinha necessidade de se autodestruir para compreender-se melhor.
Criado sob um regime
ostensivamente severo imposto pelo pai, escreveu outra obra denominada “Carta a
meu pai”, cujo teor é um desabafo das opressões vividas.
Segundo seu diário
pessoal, cada cena de sua infância, as centelhas de discussões, as sensações de
incerteza, as proibições e os castigos, grudaram em sua alma como “algas que
envelhecem nos cascos dos navios.”
Nasceu dia 03 de Julho de
1883. Assim que completou a maioridade, para fugir do convívio do lar,
conseguiu trabalho em duas companhias de seguros, permitindo que viajasse muito
e fizesse amigos em países diferentes, ampliando assim a sua cultura que já era
universal. Toda afeição que desejava dar ao pai que sempre lhe tolhia, passava
aos amigos e às causas que abraçava, normalmente ligadas aos problemas de seu
tempo.
Assim é que passou a interessar pelos
patrícios judeus e acompanhá-los pelo árduo trabalho de reunificação da
nacionalidade e defender o sionismo como única solução possível em sua época, e
integrar-se em seu meio como uma nova família ampliada.
Nesse sentido, entrega-se
ao estudo de iídische (língua judaica), e tenta despertar a atenção de seus
patrícios, mas descobre, de forma melancólica, que os judeus são muito
orgulhosos de si mesmo e que dão extremo valor as conquistas materiais, se
afastando da humanidade e possivelmente “seriam
castigados mais uma vez antes de retornarem às terras dadivosas de Canaã”.
Tais profecias foram descritas em artigos e falado em conferências, fazendo-o
distanciar daquela comunidade judaica isolada em seus preconceitos, orgulhosa
de sua pureza divina.
Tudo o que era judeu
despertava o seu interesse, embora não se iludisse jamais com as teorias segregadoras,
perigosas e carregadas de ódio, de raças puras e impuras e de povo escolhido
por Deus.
Por todos esses motivos,
esse profeta moderno, vivia em seus sonhos, incapaz de atos positivos no mundo dos negócios, e dessa forma negava o
gênio prático de seu povo, não fora compreendido em sua própria casa, tanto
paterna, como parental.
Encontrando refúgio e
consolo na literatura, em 1906 forma-se em Direito e já em 1907 escreve “Descrição
de uma luta” e “Preparativos de noivado no campo”.
Escreve ainda outras obras
que se perderam, mas nas quais já se sentia o efervescer do mundo fantástico no
qual a sua inteligência trabalhava.
Em 1909 dois trechos de
“Descrição de uma luta” são publicados na revista Hypérion. Os referidos
trechos tratam de “Conversa com o bêbado” e “Conversa com o devoto”. No ano de 1910 inicia seus ”diários” escritos em cadernos.
Em 1912 se defronta com
sua primeira paixão e sua inquietação aumenta na medida que se vê rendido a
esse amor, e, como tudo na sua vida termina em íntimas frustrações em fracassar,
como sempre apregoava seu pai. Decide ficar só por “não ter dentro de si o germe da felicidade e sentia que já se iniciara
o processo de dissolução orgânica interna”. Palavras do próprio Kafka.
Esses pensamentos são
denunciados em sua obra “diários” que relata que: “se tivesse de morrer muito breve ou tornar-me totalmente incapaz de
viver – e existem grandes possibilidades de isso acontecer – diria que a mim
mesmo me dilacerei.”
Aficionado nesse
pensamento ele reunia a pai, a noiva e sua doença como elos de um mesmo
processo de autodestruição, cada qual em seu devido tempo.
No início da deflagração
da primeira grande guerra começa escrever “O castelo”. Logo em seguida, nesse
clima de incertezas; com a miséria e a morte enlutando praticamente todos os
lares da Europa, em que a vida humana passa a ser apenas um joguete de forças
desconhecidas, é que Kafka esboça dois novos livros: “Na Colônia Penitenciária”
e “O Processo”, tendo concluído esse último em 1915 e a outra em 1919.
Nessa fase, a obra (que
era uma novela) não tinha nome ainda. Era a novela predileta de Kafka que
esperava sempre terminá-la. Como sua vida começa caminhar por rumos
inesperados, foi a referida novela colocada em plano secundário de 1915 a 1920.
Em junho de 1920, Max
Brod, amigo de Kafka, leva com ele o manuscrito da novela, passando nessa fase
a descobrir que o autor já se referia como “O
processo”, nome que foi adotado sabiamente. Kafka considerava àquele
trabalho como incompleto ; tinha a intenção de escrever alguns outros capítulos
(antes do capítulo final) que explicassem fases do misterioso processo.
Contudo, como o próprio autor costumava dizer: “O processo” jamais chegaria a instância superior, de forma que
teria que ficar realmente incompleto o seu trabalho, pois a novela seria, de
qualquer maneira, interminável.
Para se ter uma ideia sobre essa conclusão,
eis um trecho do Capítulo VII da obra: “A
ordem hierárquica e os diferentes graus da justiça eram infinitos, pelo que nem
mesmo os membros dela os conheciam com precisão.” Num outro trecho: “Era necessário procurar compreender que esse
grande organismo de justiça era de certo modo eterno...”
Num outro momento, quando Joseph
K., o personagem principal da novela conhece e conversa com um influente pintor
que atende os juízes, é inquirido: -“
Esqueci-me de perguntar no primeiro momento que espécie de absolvição é que
você deseja. Existem três possibilidades: a absolvição real; a absolvição
aparente e a dilação indefinida.” Tendo no final da conversa aconselhado
escolher uma das duas últimas por serem mais fácil de atingir, porém dando
ênfase para a dilação indefinida nos seguintes termos: “Frente a absolvição aparente, a dilação indefinida apresenta ao acusado
a vantagem de um futuro menos incerto pois está preservado de sobressalto de
repentinas prisões.” Segundo o pintor, ao optar por essa espécie “consiste em manter o processo
permanentemente em uma das fases iniciais.”
Naquela época a
tuberculose era uma terrível e temida moléstia, herdada da época do Romantismo
e produzia vítimas preciosas, de preferência homens voltados às artes. Por esse
motivo, em 1917, rompe mais uma vez outro noivado sob alegação de que faria a
sua pretendente infeliz.
Em 1920, Kafka conhece
Milena Jesenská, a qual lhe apresenta certa confiança em seu futuro. Milena foi
a tradutora checa de seus primeiros trabalhos em prosa. Em seus diários faz
constantes referências a essa senhora com violenta paixão. No dia 15 de outubro
de 1921 atesta que dera todas as anotações de seus diários para que Milena lesse, permitindo que ela o desnudasse,
revelando seus íntimos segredos.
Acompanhando um a um os
fragmentos deixados em seus diários, entre 1921 e 1922 pôde-se compor
perfeitamente o quadro clínico dessa paixão violenta, em que havia brados de
desespero, rasgos de beatitude, reflexos de masoquismo e de humilhação de si
mesmo, como é o caso de um trecho que pergunta a si mesmo: “Que fizeste com o dom do sexo?” e em ato
contínuo ele mesmo responde: “Desperdiçaste-o,
isso é o que dirão finalmente...”
Por outro lado, Milena era
oriunda de uma família checa, daquelas que formaram realmente o patriarcado da
Checoslováquia. Quem a conheceu pessoalmente testemunhou que ela parecia uma
aristocrata do século XVI; apaixonada, intrépida, fria e inteligente nas
decisões, porém temerária na escolha dos meios quando sob o jugo da paixão.
A correspondência entre
ela e Kafka inicia-se provocada por interesses puramente literários e amistosos
e na sequência vão adquirindo um tom mais apaixonado que compõem um volume de
confissões altamente reveladoras.
Milena sofria com o sofrimento de Kafka, pois
desejava compreende-lo em suas explosões místicas e acompanhar a velocidade e o
fulgor de suas idéias, e identificar-se com elas. Adquiriu sobre o escritor uma
espécie de autoridade, que a sua paixão referendava suas ordens taxativas e o
império de suas vontades eram prontamente obedecidas por Kafka que a admirava,
sobretudo porque ela demonstrava firmeza de propósitos, vontade enérgica e
entrega total a seus devaneios, complexos e temores.
Sob a fixa idéia de
autodestruição, Kafka sentiu a necessidade de destruir todas as suas produções
literárias, pois dizia serem inúteis. Obras como “O Processo” por sorte não
sucumbiram porque estava em mão de terceiro, assim como as obras e cartas que estavam
em poder de Milena.
O pouco do material que
sobrou, revelou a generosidade de um homem condenado à morte, cheio de pânico e
traumas, mas que sabia elevar-se acima de seus sofrimentos, sem esperança, mas
que compreendia a inutilidade de toda ligação humana. Ele se entrega a um
derradeiro sonho de sua alma, última esperança de plasmar a sua figura humana
em uma forma definitiva e pouco a pouco passa reemergir em seu mundo que ele
tinha composto, ano após ano, com sofrimento a sofrimento, feito de timidez,
vergonha de si mesmo, masoquismo espiritual e gosto ao sedentarismo.
Kafka morreu dia 3 de
junho de 1924, contando como derradeira amizade a dedicada Dora Dymant, que o
acompanha de 1922 até sua morte. Foi a companheira das fases dolorosas e que
passou quase obscura. Esteve com Kafka no sanatório de Kierling, perto de
Viena, vendo-o morrer e levando-o a Praga para ser enterrado. Já Milena faleceu
no auge da Segunda Guerra mundial dia 17 de maio de 1944, no campo de
concentração de Ravensbruck, Alemanha.
Falar sobre essa obra
prima denominada “O Processo” sem
traçar esse perfil do autor, ficaria de certa forma incompleta, pois qualquer
obra humana carrega algo da sua essência e personalidade, de modo que reunindo
as entrelinhas do elemento pessoal compomos a alma da obra. Franz Kafka está
todo representado em “O Processo”,
através de seu espírito diluído entre os diálogos, os choques emotivos, os
temores e os atos inconseqüentes do personagem principal da obra.
A desesperança e a
alienação do homem moderno, imerso num mundo que não consegue compreender,
estão magistralmente descritas nesta obra do escritor tcheco/judeu de expressão
alemã.
Trata-se de uma obra de um
gênio que morreu isolado em um sanatório e hoje ganha aplausos no mundo todo. A
razão é que Franz Kafka reconstrói com a angústia o mundo íntimo e transforma
seus personagens em criaturas humanas plasmadas pelo mistério, separados em
mundos de idéias próprias que se chocam e às vezes são arrebatados pelos
delírios inexplorados da mente. O que realmente têm valor são as reações
humanas ou sobre-humanas e não o enredo
em si.
O PROCESSO
Publicado postumamente,
conta a estória de um bancário de nome Joseph Karl.,contando com 30 anos,
personagem central da obra, acorda certa manhã e descobre que está detido e que
está sendo instaurado um processo contra ele por razões desconhecidas.
Nem mesmo sua boa posição
funcional como procurador de um importante banco é suficiente para resolver
aquele problema aparentemente banal, mas totalmente desconhecido do seu
cotidiano. Em nenhum momento a obra se refere Joseph Karl, mas tão somente a
Joseph K. A descoberta do real sobrenome do personagem se dá no Capitulo VI que
aparece o tio de J.K.
Conforme descrito na capa
do Livro, a ambigüidade fantasiosa do peculiar universo kafkiano e as situações
de absurdo existencial Che a limites impensáveis.
Foi o livro “O Processo”o
grande percussor desse polêmico autor checo, cujo nome derivou uma palavra substantiva,
donde algo kafkiano significa algo surreal, absurdo, confuso entre o real e a ficção, estado hipotético de
penumbra, de danação absoluta e de submissão ao imaginário. Crise de identidade
entre o mundo e o indivíduo.
Atuam como personagens
dessa obra:
• Senhora Grubach – Dona do
quarto de pensão em que mora Joseph K.
• Senhorita Bürstner –
Visinha de quarto
• Ana – empregada da Senhora
Grubach
• Franz – Inspetor
• Willem – Inspetor
• Rabensteiner – funcionário
do banco
• Kullich - funcionário do
banco
• Kaminer - funcionário do
banco
• Capitão Lanz – sobrinho da
Senhora Grubach. Descrito por K. como
sendo um homem alto, de cerca de 40 anos, de rosto moreno e gordo.
• Elza – Uma camareira e
dançarina de taberna que Joseph K. “visitava”
uma vez por semana na época que sua vida corria na normalidade. Segundo relato
no Capítulo VI era forte e grande.
• Albert Karl – Tio de
Joseph Karl
• Erna Karl – 18 anos, Filha
de Albert e prima de Joseph K. É ela que conta ao tio através de uma carta
sobre o processo de K.
• Dr. Huld – advogado de
Joseph K. contratado pelo seu tio Albert.
• Leni – Enfermeira do
advogado Huld que assume o lugar de Elza como amante.
• Titorelli – Figura
bizarra, pintor de quadros, que em certa altura Joseph K. descobre que tem
poder sobre os juízes que julgarão seu desconhecido processo.
• Block - Um comerciante de cereais de pequena
estatura e de barbna comprida que Joseph K. vem conhecer na casa do advogado
Huld. O que chama a atenção é que esse comerciante larga tudo e literalmente
mora na casa do advogado para ajudar “cuidar” do seu processo.
• Hasterer: um fiscal e advogado amigo de Joseph K. que
ele pede para telefonar quando se descobre detido. (Capítulo I)
• Bertold – estudante de
direito que freqüenta as intancias jurisdicionais que cuidam do processo de K.,
e que aborrece muito K. pois descobre que o mesmo é envolvido com Elza.
• Montag - Amiga da Senhorita Bürstner que foi morar
junto no quarto visinho de K. Alemã, professora de francês, débil, pálida e um
pouco coxa. (Capítulo IV)
Fora isso tinham juízes, escrivães,
porteiro do tribunal, a mulher do porteiro, o sacerdote das catedral e o vice
diretor do banco que não tiveram seus nomes revelados, eram tratados pela função ou cargo que exerciam.
Joseph Karl optou em romper com o dr. Huld e
tocar o processo pela espécie procedimental de absolvição real, desejando que o
processo chegasse ao fim.
Após vários percalços de mais de ano, foi morto a
facada em uma pedreira abandonada sem ao menos ter jamais visto o rosto do juiz
que lhe condenou.
A obra é dividida em dez
capítulos:
Capítulo I: A detenção. Conversa com a Senhora Grubach;
depois com a Senhorita Bürstner
Capítulo II: Primeira vista da causa
Capítulo III: Na sala de sessões vazia. O estudante. As
secretárias
Capítulo IV: A amiga da Senhorita Bürstner
Capítulo V: O acoitador
Capítulo VI: O tio. Leni
Capítulo VII: O advogado. O fabricante. O pintor
Capítulo VIII: Block, o comerciante. Rompimento com o
advogado
Capítulo IX: Na catedral
Capítulo X: O fim
O capítulo V chama atenção
dando impressão que Joseph K. sofrera um açoite. Mas na verdade foram os
inspetores Franz e Willem que fizeram a detenção e quando K. descobre sobre o
processo que tramita contra si.
Segundo Willem o açoite
estaria sendo aplicado nele e em Franz porque K. teria ele denunciado perante o
juiz de instrução que os dois teriam levado roupas suas no dia da detenção. O
mais surreal é que a aplicação desse castigo era numa sala dentro do banco que
K. trabalhava.
Como dito, essa obra fora
escrita em 1914, numa Europa efervescente em que o capitalismo vivia uma das
suas piores crises e que eclodiria a primeira grande guerra mundial. Conclui-se
que esse tipo de situação, de uma pessoa ser açoitada nas dependências de uma
empresa, não fosse normal, mas também nem tão anormal como parece.
Possivelmente Franz Kafka
ao escrever este capítulo desnuda os reflexos de masoquismo e de humilhação de
si mesmo narrados na sua biografia (tanto que um dos inspetores açoitados
chama-se Franz e o que mais protesta), pois de nada mudaria a obra caso o
referido capítulo não existisse. Não
tivesse quase um século entre um livro e outro, daria para dizer que o Capítulo
V da novela “O processo” teria sido
extraída do livro “50 tons de cinza”.
• Sua biografia e demais informações aqui apresentadas foram extraídas do livro em destaque.
ABAIXO OUTRAS OBRAS DE
FRANZ KAFKA
A COLÓNIA PENITENCIÁRIA/ NA
COLÓNIA PENAL: Escrito em 1914/1915 e publicado em 1919 pela Kurt Wolff Verlag.
Em 1916, Kafka fez uma leitura pública em Munique deste conto.
A METAMORFOSE: Escrito em
1912 e publicado pela primeira vez em Outubro 1915 na revista Die Weissen
Blätter de René Schickele. Em Novembro 1915 sai em livro na colectânea
"Der jüngste Tag"(O Juízo Final) da editora Kurt Wolff Verlag.
A MURALHA DA CHINA - A
CONSTRUÇÃO DA MURALHA DA CHINA: Escrito em 1917 e publicado em 1919 - Restos de
uma narrativa fragmentada e inacabada provavelmente queimada por Kafka
A TOUPEIRA GIGANTE: Escrito de 1912 a 1915 e publicado
somente em 1931 por editora ou pessoa desconhecida.
COMUNICAÇÃO A UMA ACADEMIA:
Escrito de 1914 a 1917 e Publicado
em 1919 juntamente com "Chacais e árabes" sob o título: Duas
histórias com animais, na revista Der jude (O Judeu)
DESCRIÇÃO DE UMA LUTA: Escrito em 1904 e publicado em 1936 pela
revista Hyperion. Há quem diga que Adolf Hitler se inspirou nessa obra para
escrever um livro de nome semelhante chamado “Minha Luta”.
JOSEFINA, A CANTORA ou O
POVO DOS RATOS - A NOSSA CANTORA JOSEFINA: Escrito
e publicado em 1924 no livro "Um artista da fome"
MEDITAÇÕES / REFLEXÕES /
CONTEMPLAÇÃO / OBSERVAÇÃO: Escrito e
publicado em 1912 - fruto de compilação de 18 contos, alguns deles publicados
desde 1908. Primeiro livro de Kafka, publicado por Ernst Bowohlt e dedicado a
Max Brod.
MEDITAÇÕES SOBRE O PECADO,
O SOFRIMENTO, A ESPERANÇA E O VERDADEIRO CAMINHO: Jamais foi publicado.
Referência de amigos e quem pôde ter acesso a referida obra, possivelmente
destruída.
O CAÇADOR GRACCHUS: Escrito
em 1917 - Jamais foi publicado. Referência de amigos e quem pôde ter acesso a referida
obra, possivelmente destruída.
O COVIL / A TOCA: Escrito de 1923 a 1924 - Jamais foi
publicado. Referência de amigos e quem pôde ter acesso a referida obra, possivelmente
destruída.
O FOGUEIRO, UM FRAGMENTO: Escrito
em 1912 e publicado em 1913 pela Kurt Wolff Verlag (colecção O Juízo Final),
primeiro capítulo de América
O MÉDICO DE ALDEIA / UM
MÉDICO RURAL: Escrito de 1914 a 1917 e
publicado em 1920 - foram 14 contos publicados pela Kurt Wolff Verlag com o
título "Um médico rural. Pequenos contos", sendo que alguns deles já
tinham sido publicados em revistas e jornais.
O SOLTEIRÃO: Escrito em 1915 - Jamais foi publicado.
Referência de amigos e quem pôde ter acesso a referida obra, possivelmente
destruída.
O VEREDICTO / A SENTENÇA:
Escrito em 1912 e publica do em 1916 pela Kurt Wolff Verlag, num número
especial da revista Arkadia, com textos de outros autores. Em 1916 sairá em
livro pela mesma editora. Dedicado a Felice Bauer.
OS AEROPLANOS EM BRESCIA /
OS AVIÕES DE BRESCIA:-Escrito e publicado em 1909 no jornal Bohemia, de Praga
PESQUISAS DE UM CÃO /
INVESTIGAÇÕES DE UM CÃO: Escrito em 1915 e publicado entre 1922 e 1923 - Duas
versões uma de 1915 e outra inacabada de 1922/1923
REMINISCÊNCIA [da estação]
DO CAMINHO DE FERRO DE KALDA: Escrito em Agosto 1914. Não tem data da publicação.
Foi incluído no seus Diários.
UM ARTISTA DA FOME: Escrito
em 1922 e publicado em 1924 - É uma das 4 histórias que compõem este livro e
que foram editadas em separado em anos anteriores e compiladas logo após a
morte de Kafka pela editora Die Schmiede.