
Sempre que o mundo se reúne para discutir o aquecimento global, a pergunta que todos fazem é: Os Estados Unidos vão assinar algum protocolo? Muitos intelectuais do mundo imaginavam que essa possibilidade ocorreria, mesmo que timidamente com o atual presidente Barack Obama, mas tiveram suas expectativas frustradas.
Da outra ponta, a poderosa parcela da sociedade conservadora americana, vem organizando um movimento em defesa dos Estados Unidos, ressuscitando um movimento nacionalista, nascido quando ainda era colônia da Inglaterra, que entabulou uma política perversa na regra de exportação do Chá, tal qual os portugueses fizeram com a nossa cana-de-açúcar, pau-brasil e ouro.

Diferentemente do que aconteceu nas colônias portuguesas e espanholas, a progressista colônia inglesa já tinha uma sociedade civil organizada que se rebelou e iniciou um movimento denominado “Tea Party”, e tomou dimensão tão poderosa, que resultou na independência americana e instituição do primeiro governo republicano do planeta.

Se as colônias ibéricas (colônias de exploração) ficaram passivas diante o desfalque de produtos precisos como a cana-de-açúcar, pau-brasil e ouro, a colônia anglo-saxônica (colônia de povoamento) se organizou e se rebelou por causa de uma manobra inglesa que visava espoliar uma simples erva mate.

Se enquanto colônia a sociedade americana já era forte o suficiente para peitar a poderosa Inglaterra, imagine-se agora como o país mais rico do mundo. Se a erva-mate foi suficiente para mexer com o brio americano, imagine-se agora se vão brincar com sua estabilidade econômica e em conseqüência sua supremacia bélica.

Se para o mundo Barack Obama está deixando a desejar, para o “partido do chá” (que reúne americanos de todos os segmentos) o presidente americano está balbuciante e pondo em risco a economia e supremacia americana.

O fato é que dentre os países que participam de fóruns mundiais como o de Kyoto, de Davos e de Copenhague, muitos são anti americanos e estão lá mais para buscar uma fórmula legitimada para enfraquecer os Estados Unidos do que para melhorar o planeta terra. E pior, contam com bobos da corte como Lula para fazer coro a um discurso falacioso.

Barack Obama ao assinar protocolos de compromissos como os sugeridos em Copenhague, contribuiria com o planeta, mas colocaria seu país em risco.

Conta-se nos dedos de uma mão os países que não toleram a corrupção e enfrentam o problema com rigor, e não é por outro motivo que são justamente esses países que estão na galeria das grandes potências, e que por força de seus crescimentos poluem o meio ambiente.

Ao abrirem mão de seu crescimento e estancarem o desenvolvimento, criarão crises e instabilidades tão severas e devastadoras, muitas vezes maiores que o próprio tsunami. Sem contar que fragilizariam seu poder bélico, dando vazão a muitos países corruptos e ditadores a produção de armas nefastas e em conseqüência o controle da situação. E estes, nem fórum em Copenhague permitiriam, nem internet, nem informação.

As tecnologias e as armas de guerras existem e sempre existirão daqui para frente, esteja na mão dos americanos, dos japoneses, de chineses, de italianos, de russos ou de alemães. O problema é que os outros países acima citados já estiveram sob jugo de ditadores tiranos, enquanto os Estados Unidos nunca teve.

Imaginem o poder econômico e bélico americano sob o comando de Hitler, Mussolini, Mao Tse Tung, Napoleão, Lênin ou do neo tirano Mahmoud Ahmadinejad, presidente do Irã? Possivelmente a fórmula que encontrariam de diminuir o aquecimento global seria bem prática, ou seja, exterminar três quartos da população mundial, ou mais.

Se o aquecimento global vai dizimar metade, dois terços ou três quartos dos habitantes do planeta ninguém sabe, mas caso ocorra, os Estados Unidos e os demais países desenvolvidos e democráticos do mundo primarão por não retroceder à tirania medieval, adaptando-se à nova ordem sem os traumas impostos por ditadores intolerantes.

Os colonos americanos que organizaram o “Tea Party” em 1773 fundaram o primeiro estado republicano do mundo e desde então nunca tiveram um ditador comandando os Estados Unidos. Nesses 237 anos viram sucumbir movimentos extremamente fortes como o marxismo soviético e a intolerância nazista. O aquecimento global impõe novas regras no tabuleiro do xadrez geopolítico mundial e cabe ao jogador Barack Obama comandar essas complicadas peças. Quem viver verá.